Provável indicada para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Aline Peixoto, mulher do agora ministro Rui Costa (PT), não será a primeira "primeira-dama" a ocupar uma vaga em um tribunal de contas. No Nordeste do país, a prática tem se tornado cada vez menos incomum.
Caso tenha seu nome colocado para votação e referendado pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Aline, que é enfermeira por formação, terá um salário de R$ 35,4 mil, além de receber até R$ 52,8 mil por mês de proventos eventuais, como abono permanência e outras vantagens.
A "primeira-dama" que puxou a fila das conselheiras foi Renata Calheiros, esposa de Renan Filho (MDB), ex-governador de Alagoas. Ela ocupará uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), com salário bruto de R$ 35 mil, além de gratificações. Renan filho foi eleito senador da República, mas exerce hoje o posto de ministro dos Transportes do governo Lula (PT).
Após a indicação e aprovação de Renata, em dezembro de 2022, outra mulher de governador que conquistou uma vaga no Tribunal de Contas do Estado do Piauí foi Rejane Dias (PT), mulher do ex-governador Wellington Dias (PT), que hoje é também ministro de Lula, na pasta de Desenvolvimento. Rejane teve sua nomeação aprovada em janeiro de 2023.
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Diferente de Aline, as outras duas conselheiras juntaram experiência administrativa ao longo da vida. Renata Calheiros é administradora, formada pela Universidade de Brasília (UnB), e especialista em Primeira Infância pela Universidade de Harvard (EUA). Ela iniciou sua experiência na gestão pública em 2005, na Prefeitura de Murici, como coordenadora de um planejamento estratégico para ampliar a qualidade da educação no município. Rejane, por sua vez, era deputada federal antes de assumir o posto.
Hoje, em entrevista ao BN no Ar, da Salvador FM, o deputado estadual Alex Lima (PSB) cravou o nome da ex-primeira dama Aline Peixoto como a próxima indicada ao TCM.
"Parece uma penalização por ela ser esposa do ministro da Casa Civil. Mas quem vai decidir isso não é Rui Costa, é a Casa. Nada mais democrático que a maioria dos deputados escolher conselheiro ou conselheira, independente de quem a pessoa é casada", salientou.