Política

Aliados avaliam positivamente a presença de antigos opositores no Governo Lula

Ministros de Lula favoráveis ao impeachment de Dilma foram aceitos pela cúpula

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert

O Governo do presidente Lula tem trazido algumas controvérsias a respeito dos antigos opositores estarem presentes e serem facilmente aceitos pela cúpula. No entanto, aliados do petistas avaliam positivamente a situação e dizem ser um "mal necessário" a indicação de ministros que foram favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.

Segundo informações do site R7, os integrantes da cúpula petista, a prioridade do terceiro mandato do petista é a "frente ampla". Entre as indicações mais criticadas estão o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, ambos do União Brasil.

"A maioria entende que foi preciso abrir mão, mas destaca o seguinte: entregaram para um deputado irrelevante [Juscelino Filho], que nada sabe do assunto e não garante o apoio do partido dele. Já que era para entregar, que pelo menos fosse para um político relevante, que conhecesse o tema e garantisse apoio de seu partido. O mesmo vale para o Turismo. Renan [Filho, dos Transportes], por exemplo, é mais aceitável", critica um interlocutor.

Em minoria, a indicação desses ministros é considerada "negativa e nociva" para os integrantes da cúpula. No entanto, de modo geral existe uma compreensão de que esse não se trata de um "governo de esquerda".

Ainda que desconfiados com os antigos opositores, os aliados de Lula garantem confiar nas escolhas do presidente. "O clima é de superação desse episódio, dentro do entendimento do governo de frente ampla que Lula propôs desde o início da campanha. Lula tem uma liderança interna tão grande no PT que até as tendências mais à esquerda do partido, como a Articulação de Esquerda, não se manifestaram contra as indicações. Até o momento, o clima está tranquilo, vamos ver mais à frente", afirma uma liderança do PT.