A poucos dias de começar o seu terceiro mandato como presidente do Brasil, Lula (PT) segue montando a equipe que vai comandar os ministérios a partir de 2023.
Apesar do distanciamento político com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), que durante a campanha se posicionou como um desafeto, o petista um dos seus maiores aliados para participar do governo.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, braço-direito de Ciro e um dos maiores apoiadores da sua candidatura este ano, foi convidado e deve aceitar o cargo no Ministério da Previdência.
Inicialmente, o partido resistia a aceitar a pasta, tentando negociar alguma outra com maior capacidade orçamentária. O PDT declarou apoio a Lula no segundo turno contra Bolsonaro e Lupi participou ativamente do processo.
Já o ex-ministro Ciro Gomes evitou aparecer publicamente e falou pouco sobre o assunto, mas concordando com a decisão da sigla.
No início do ano, lideranças do PT procuraram Lupi para tentar que a legenda retirasse a candidatura de Ciro, mas ele foi resistente. Hoje, além do apoio no segundo turno, o partido será da base de apoio ao governo no Congresso.
“Nós não podemos aceitar a omissão, a ignorância, como regra numa sociedade democrática e civilizada como é a sociedade brasileira. Vamos nos colocar à disposição, em cada estado brasileiro, os trabalhistas, os netos e bisnetos de Brizola. Estar ao seu lado não é um favor, é uma obrigação”, disse Lupi em discurso após a vitória do petista.