A indicação de Josué Gomes (PR) para vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) é comemorada pela equipe do ex-governador e pelos partidos de "Centrão" (PP, DEM, PR, PRB e SD), mas já gera desdobramentos entre os aliados mineiros de Alckmin.
Por quê? Josué Gomes, em Minas Gerais, é nome visto como aliado ao petista Fernando Pimentel, atual governador de Minas Gerais – e candidato à reeleição. Aliás, Josué Gomes e Geraldo Alckmin ficaram de conversar nesta segunda-feira (23).
E os adversários de Pimentel na disputa pelo Palácio da Liberdade, como o senador tucano Antonio Anastasia está incomodado com a situação: quem acompanha as articulações lembra que Anastasia foi incentivado por Alckmin a sair candidato quando o ex-governador paulista ainda não contava com o lustroso acordo de apoio do "Centrão".
O que isso significa? Que, com o "Centrão", Alckmin levará minutos de TV do PP, PRB e DEM – mas também verá palanques se multiplicarem nos estados – caso de Belo Horizonte.
O DEM quer lançar Rodrigo Pacheco, deputado federal que ficou conhecido por ter sido o relator da primeira denúncia contra Michel Temer. Ele foi voto favorável ao prosseguimento da denúncia.
Os defensores de sua candidatura pressionam Alckmin a subir em seu palanque alegando que Anastasia está com a imagem ligada a do senador Aécio Neves, flagrado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, enquanto Pacheco poderia capitalizar um discurso anti-corrupção.
"Não dá para ter tudo", diz um aliado de Alckmin, sobre as escolhas de palanque do tucano.
O ex-governador sabe disso. E prioriza agora a corrida para acalmar os aliados.
(Foto: Editoria de Arte / G1) AO