Soltou o verbo

Aladilce diz que Bruno traiu população de Salvador após aprovação de reajuste do IPTU e outros impostos municipais

Segundo Aladilce (PCdoB), vereadora eleita em outubro deste ano, população vai amargar aumentos aprovados sem transparência

Foto: Divulgação
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A vereadora eleita Aladilce Souza (PCdoB) classificou como uma “traição” ao povo de Salvador os projetos aprovados na Câmara Municipal de Salvador (CMS), na última quarta-feira (30), que reajustam impostos municipais, a exemplo do IPTU e do Cosip (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública).

Para a comunista, as matérias, enviadas à Casa pelo prefeito Bruno Reis (União), não tiveram a devida discussão e transparência. “O prefeito foi reeleito com o discurso de melhorar a vida das pessoas e não esperou nem esfriar os ânimos das eleições, dando esse ‘presente’ à população, com aumento de ISS sobre serviços de saúde, reajuste de IPTU e COSIP, sem a necessária discussão e sem transparência”, comentou.

Segundo ela, que nos mandatos anteriores participou como titular das principais comissões temáticas da Casa, como as de Constituição e Justiça e de Finanças e Orçamento, o Executivo traiu a confiança dos eleitores ao passar o “rolo compressor” e aprovar vários projetos de interesse da cidade sem abrir um processo participativo de discussão, sem acatar emendas da bancada da oposição.

“Há uma distância muito grande entre a Salvador que temos hoje e a que queremos. E isso precisa ser debatido abertamente. Toda cidadã ou cidadão desta cidade tem o direito de saber quais as bases para um reajuste de IPTU como esse aprovado ontem, mesmo que levando em conta a variação anual do IPCA”, observou Aladilce.

“Não entendo a pressa”, afirma Aladilce

Ela defende, por exemplo, uma revisão total na regulamentação do IPTU, “para corrigir graves distorções, como unidades imobiliárias no mesmo condomínio pagando valores muito diferentes”.

Aladilce, que vai assumir o quinto mandato dela na CMS, a partir de 1º de janeiro de 2025, chamou atenção para o fato dos projetos terem sido enviados ao Legislativo em bloco, na última sexta-feira (25), e em três dias úteis serem colocados em votação.

“Não entendo essa pressa, esse desespero para votar matérias tributárias, que mexem com a vida das pessoas, a exemplo da elevação das alíquotas do ISS sobre serviços médicos. Com isso, os planos de saúde, que já cobram valores exorbitantes, certamente repassarão aos segurados esse reajuste de 2% para 5%”, alertou.