Após perderem a oportunidade do corpo a corpo com os deputados estaduais, desde o dia 1º de fevereiro, os jornalistas que cobrem os trabalhos da Assembleia Legislativa da Bahia foram surpreendidos, nesta terça-feira (27), com mais uma decisão que passa a inibir a participação dos profissionais no local: o uso de “traje adequado”, como paletó e gravata para os homens. A vestimenta das mulheres não foi citada pelo presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), durante a sessão de hoje.
“Primeiro dizer que aqui não tem ninguém contra a imprensa. Pelo contrário, antes tínhamos oito cadeiras na tribuna de imprensa e agora temos 20. É uma honra tê-los aqui. O que for servido para os deputados será servido igualmente na lateral, para quem queira ficar no salão de eventos, com garçom, com cafezinho, da mesma forma, sem diferenciação para os deputados”, explicou o presidente.
Menezes ainda continuou pontuando que anteriormente a “sala do cafezinho” já era restrita aos deputados que combinavam projetos e conversavam particularmente no local. Ele ainda citou o Congresso Nacional que mantém o mesmo formato. Contudo, apontou que a sala ficava cheia e impossibilitava a passagem dos deputados.
O chefe do Legislativo baiano declarou ainda que a partir desta data, para ter acesso ao plenário da Casa, todos os profissionais (imprensa e assessores) deverão utilizar “vestimenta adequada”.
Vale ressaltar que jornalistas já tinham dificuldades em acessar o plenário da Casa. Eram barrados por seguranças. Apenas fotógrafos conseguiam entrar.
A partir de agora, os profissionais da imprensa podem ficar na tribuna, com as diversas dificuldades para chamar os deputados para o contato ou em uma sala ao lado do plenário sem nenhum tipo de aproximação com os parlamentares.