O deputado federal Afonso Florence assumiu recentemente a liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara, mas já começa o trabalho tendo inúmeros desafios pela frente. Entre os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff e as denúncias contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT ainda enfrenta o racha dentro do PMDB, principal partido aliado da chapa governista.
Mesmo assim, Florence minimiza a polêmica e garante que a sigla do vice-presidente Michel Temer não deve deixar o Palácio do Planalto. "O PMDB tem uma responsabilidade nacional atribuída a ele pelo eleitorado brasileiro. Portanto, independentemente do que possa acontecer em 2018, com a legenda fazendo parte da nossa coligação ou com uma candidatura própria, o fato é que hoje nós temos que governar juntos", avaliou, durante entrevista ao Bahia Notícias.
O líder do PT aproveitou, ainda, para negar que haja qualquer afastamento de Dilma da legenda, mesmo com a sua ausência na comemoração de 36 anos da criação da legenda, e defendeu que a volta da CPMF não precisa atingir, necessariamente, os mais pobres. "A volta da CPMF é um dos tributos sobre ricos. R$ 10 mil em 0,03%, que é a proposta do governo, dá R$ 300. A minha posição pessoal – que ainda não é a do PT -, é de colocar uma faixa de isenção de até R$ 3 mil, R$ 4 mil", sugeriu.
Foto: Reprodução