A decisão do prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo (DEM), de cancelar ontem, por meio de publicação no Diário Oficial do Município, o contrato de licitação para a exploração do lixo na cidade, realizada por seu antecessor, Ademar Delgado (PT), está levantando as mais diversas especulações, principalmente entre as oposições. Durante sua gestão, Ademar iniciou o procedimento licitatório, mas uma das empresas concorrentes impugnou o resultado, o que acabou suspendendo o processo. A impugnação foi posteriormente revista, mas em 28 de setembro, o vereador Jorge Curvello, do DEM, partido do atual prefeito, também entrou com uma ação popular solicitando a impugnação da concorrência. Uma liminar foi deferida pela Justiça suspendendo novamente o procedimento licitatório, decisão que foi posteriormente agravada por concorrentes, o que acabou levando a decisão para a mesa do desembargador do Tribunal de Justiça do Estado Maurício Kerteszman. A alternativa adotada pelo ex-prefeito petista foi fazer um contrato emergencial de três meses que expirou no dia 30 de dezembro do ano passado. Foi o mesmo procedimento assumido pelo prefeito atual, que, ao assumir, fez novo emergencial de três meses cuja duração vai até março. Como a decisão de ontem de Elinaldo de cancelar a licitação realizada pelo antecessor impede que sua validade seja decidida pela Justiça, a pergunta que as oposições fazem hoje em Camaçari, levando em conta que ele não terá tempo hábil para fazer uma nova concorrência neste período, é: – o prefeito vai renovar o emergencial prorrogando o contrato dos atuais fornecedores?
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