O deputado Adolfo Menezes (PSD), afastado da Presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que recebeu a notícia com tranquilidade. A decisão do ministro Gilmar Mendes foi expedida na tarde desta segunda-feira (10) após pedido protocolado pelo deputado Hilton Coelho (Psol).
Em conversa com jornalistas minutos após sair a decisão pelo afastamento, Adolfo Menezes afirmou que sua tranquilidade decorre do fato de já ter noção de que isso poderia acontecer.
“Recebo com tranquilidade, até porque todos vocês são testemunhas de que todas as vezes que eu me manifestei, no próprio dia de eleição, em todas as minhas entrevistas, nós já sabíamos, a Casa toda sabia, de uma possível decisão do Supremo a respeito da minha recondução pela terceira vez”, explicou, conforme publicado pelo site OffNews.
Adolfo Menezes também apontou radicalismo no gesto do deputado Hilton Coelho. O parlamentar do Psol entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), mas o magistrado responsável pelo processo indeferiu o pleito. Diante da negativa, Hilton recorreu ao STF.
“Claro que nós estamos numa democracia, o deputado Hilton Coelho, que só teve o voto dele… é o tipo de política que eles fazem, com radicalismo”, externou.
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Menezes também relatou que os advogados estão se debruçando sobre a decisão do ministro Gilmar Mendes e há a previsão de que o caso seja levado ao plenário do STF no próximo dia 28 de fevereiro. “Vamos ver o que acontece. Caso eu não fique, com toda tranquilidade, como na decisão não anula a eleição, só pede a explicação e me afasta temporariamente, vamos ver aí”, apontou.
Em tom conformado, Adolfo Menezes fez um breve retrospecto da sua carreira na política.
“É o que eu digo. Eu já sou grato, só tenho de me orgulhar de onde cheguei, de ter tido duas vitórias espetaculares e a última, terceira vitória espetacular, à unanimidade, claro. Se eu fui candidato e se os colegas quiseram e me reelegeram, é porque eles gostariam que eu continuasse presidente, mas são coisas do Brasil”, lamentou.
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