A delação premiada do senador Delcídio Amaral deve ampliar o escopo de atuação da Lava Jato. De acordo com reportagens dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, cinco colegas de Delcídio no Senado foram citados, entre eles o candidato às eleições presidenciais de 2014 Aécio Neves (PSDB) e o presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB). Os outros três senadores citados, segundo os vazamentos à imprensa, são Romero Jucá (PMDB), Edison Lobão, ex-ministro de minas e Energia, e Valdir Raupp, também do PMDB.
Com exceção de Aécio Neves, todos já são investigados em inquéritos da Lava Jato. A denúncia contra Aécio Neves teria a ver com a participação do ex-candidato em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas não houve vazamento sobre o conteúdo da denúncia. O nome de Aécio foi citado em outros depoimentos da Lava Jato, como o do doleiro Alberto Youssef, mas a investigação de nenhuma denúncia foi levada a frente.
Já no caso de Renan Calheiros, Delcídio teria confirmado que o deputado federal Aníbal Gomes, também do PMDB, atuaria em esquemas ilícitos em nome do presidente do Senado.
Apesar dos constantes vazamentos, a delação premiada de Delcídio Amaral, que se encontra em licença médica do Senado, ainda não foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o jornal Valor Econômico, a o acordo estaria nas amarrações finais junto ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
