O advogado Ademir Ismerim, responsável pela defesa do União Brasil nas eleições de 2022 na Bahia, afirmou que a oposição a ACM Neto (União) usou a declaração racial do ex-prefeito — a alegação era a de que ele era pardo —, de forma "pejorativa", como forma de atingir a candidatura ele ao Governo do Estado.
O membro do União acabou sendo derrotado em segundo turno, nas urnas, por Jerônimo Rodrigues (PT). “Os adversários utilizaram de forma pejorativa e ACM neto não teve culpa alguma. Quando colocou pardo, ele seguiu o que colocou nas eleições anteriores”, afirmou Ismerim ao Política Pod, podcast do Política Livre.
Questionado então se o ex-prefeito teve alguma culpa no episódio, o defensor explicou que, inicialmente, ACM Neto foi apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como branco, mas depois essa declaração foi alterada.
"ACM Neto tinha se declarado pardo na eleição anterior. Aí tem uma coisa chamada RRC [Requerimento de Registro de Candidatura], que foi preenchido por um assessor dele. E preencheu como branco. Depois ele pediu para mudar, algo normal. Aí fizeram essa confusão toda. Falaram que ele mudou para receber mais recurso, mas isso não existe. A cota de gênero que leva a receber mais. E os proporcionais. Não tem a ver com a executiva", garantiu.