Política

Adolfo Menezes propõe retomada de diálogo entre povos indígenas e Governo do Estado

Membros da AL-BA participaram de reunião com povos Indígenas nesta quinta (28)

Divulgação
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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Adolfo Menezes (PSD), destacou nesta quinta-feira (28), a importância da retomada de diálogo entre lideranças indígenas com o governo da Bahia. O presidente da Casa foi saudado ainda por ter dado garantias e proporcionado a infraestrutura para a realização do IV Acampamento dos Povos Indígenas da Bahia, na área externa da AL-BA.

“Esta é a Casa do Povo e do diálogo. Ela está à disposição de vocês, estamos e sempre estivemos ao lado de vocês. Me incomoda quando vejo um presidente louco, como esse do Brasil, que não respeita as tradições e, praticamente, quer exterminar as Nações indígenas”, afirmou o chefe do Legislativo estadual, ao visitar o acampamento dos índios, após reunião com lideranças indígenas.

Durante o encontro, o secretário de Relações Institucionais do governo do Estado, Luís Caetano, representou o governador Rui Costa (PT), e o superintendente de Direitos Humanos da Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social,  Jones Carvalho, representou o secretário Carlos Martins.

O cacique Agnaldo Pataxó, porta-voz das lideranças de mais de 30 Nações, ressaltou a necessidade de diálogo sobre políticas públicas e pautas de interesses dos povos indígenas, principalmente as que tiram direitos. São prioridades a equiparação salarial dos professores indígenas com os demais professores da rede pública estadual, a consulta aos caciques para nomeação de professores nos territórios indígenas, a segurança nas aldeias, créditos e equipamentos agrícolas. Já o cacique Zeca Pataxó, coordenador do Movimento Indígena da Bahia, reivindicou um diálogo melhor com o governo e manifestou a intenção de trabalhar em parceria.

O deputado estadual Bira Coroa (PT) ressaltou que o governo percebeu a importância das pautas e de reabrir o diálogo. Ele lembrou que a Bahia foi o primeiro estado a criar os professores indígenas, mas observou que é necessário fazer correções. Sobre a nomeação de professores nas aldeias, Marcelino Galo ressaltou que um cacique é uma autoridade política e não se pode mexer em nada nos territórios sem a autorização dele.