O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Adolfo Menezes (PSD), chamou de "absurda" e "esdrúxula" a decisão judicial que proibiu uma manifestação dos parlamentares em uma das praças de pedágio da BR-324 contra a ViaBahia, empresa que administra a rodovia. Marcado para a manhã desta terça-feira (21), o protesto contou apenas com a presença do deputado Raimundinho da JR (PL).
"É um absurdo, mas é o Brasil. Não sei o motivo, não vi o processo, cabe a nossa Procuradoria ler e entender o motivo da da juíza dá essa decisão esdrúxula nesse ponto. Claro que decisão judicial deve ser respeitada e cumprida, mas os deputados são representantes do povo e lá não foi marcado nenhum encontro para depredar ou fechar a rodovia. Até porque o problema é com os acionistas da empresa que tem a concessão dessas rodovias tão importantes para a Bahia. Seria uma forma de chamar a atenção daqueles que usam a BR-324 todos os dias", afirmou Adolfo Menezes.
Deputados estaduais das comissões de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Agricultura e Política Rural e a de Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho chegaram a marcar a manifestação, mas por determinação judicial, eles foram proibidos de se aproximaram a 100 metros da praça de pedágio. Com isso, 29 desistiram e apenas o liberal compareceu. Nem mesmo o presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Eduardo Salles (PP) passou por lá.
A ViaBahia tem recebido diversas críticas dos usuários, seja pelas péssimas condições de estrutura, seja pela única forma de recebimento de pagamento da taxa, apenas em dinheiro. Por isso, os parlamentares vão realizar no próximo dia 28 uma sessão especial com o presidente da concessionári, José Bartolomeu, para prestar esclarecimentos sobre a falta de investimentos previstos no contrato por parte da ViaBahia.
