O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), defendeu, em conversa com o Portal Salvador FM, nesta quinta-feira (8) a legalidade da operação da Polícia Federal contra integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O chefe do Legislativo baiano também avaliou a situação dos deputados aliados no estado.
"É claro que aqueles que fazem parte do partido não tiveram culpa nenhuma, apesar de defender o projeto do ex-presidente Bolsonaro que o Brasil está assistindo. Nós vemos, mais uma vez, que houve realmente, pela cúpula do governo, e aí não são vereadores ou prefeitos ou deputados estaduais que estavam participando, mas nós vimos a alta cúpula do Exército, claro, a minoria das Forças Armadas, da Marinha, Exército, Aeronáutica, graças a Deus, a maioria não comungou com esse absurdo. Em pleno século XXI, um país como o Brasil, voltar a ser uma ditadura, e nós estamos vendo que, por pouco, a gente não estava aí nas trevas", observou Adolfo.
Menezes também foi questionado se os deputados do PL da Casa ficam em situação desconfortável. "Sem dúvida nenhuma. Mas eu não sei como vai ser o comportamento deles. Cada um faz o que acha melhor, faz o seu mandato como acha melhor, mas nós estamos vendo, mais uma vez, a vergonha de um país como o nosso, um dos mais importantes do mundo, uma das maiores economias ter tido, e por pouco, não estávamos em um regime militar".
Binho Galinha
Na ocasião, o presidente da AL-BA também foi questionado e comentou sobre a situação de Binho Galinha (Patriota), deputado estadual alvo da PF em dezembro e que está foragido.
"Nós fomos notificados pelo Ministério Público, claro, que quando aconteceu os fatos, já foi na véspera do recesso da Assembleia e a Casa entrou em recesso. Agora como abriram os trabalhos, vai ser formado o Conselho de Ética e daremos prosseguimento, obedecendo todo o processo legal", afirmou.
Ainda segundo Adolfo Menezes, até hoje o parlamentar "não informou nada" se volta ou não para a Casa.