O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), confirmou ao bahia.ba, na manhã desta segunda-feira (5), antes do início de um seminário com futuros gestores aliados, no Salão Lotus do Hotel Fiesta, que o atual presidente do Legislativo municipal, Paulo Câmara (PSDB), poderá ser secretário na sua próxima equipe de governo.
No entanto, ele descarta que um possível ingresso do vereador no primeiro escalão esteja relacionado à eleição para o comando da Câmara, em que Léo Prates já anunciou ter votos suficientes para ganhar o pleito. “Sim, [Paulo Câmara] poderá [ser secretário], porque tem valor e qualidade para isso, como outros tantos vereadores poderão. Mas não vou pegar ninguém para ser secretário para abrir mão de candidatura. Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou o democrata.
Sobre o encaminhamento da reforma administrativa, o chefe do Executivo soteropolitano estima que a votação do projeto aconteça entre os próximos dias 12 e 15. “A partir disso, nós vamos anunciar a equipe”, pontuou. Embora oito titulares já sejam dados como certos nos bastidores, Neto descarta adiantar nomes. “Internamente, nós estamos avançando em relação a nomes e ouvindo os parceiros, até porque, ninguém governa sozinho. Mas não tem definições tomadas. Por enquanto, tudo é especulação”, minimizou.
Sobre o evento com gestores aliados, o prefeito nega que o seminário tenha caráter eleitoral. “Vamos tratar de gestão municipal, com experiências exitosas que possam inspirar aqueles que vão começar em primeiro de janeiro”, disse.
Em relação à polêmica votação do pacote de leis anticorrupção no Congresso Nacional, apesar de a maioria do seu partido se posicionar favorável às alterações feitas na Câmara e no Senado, ACM Neto afirma que defende um “entendimento” entre os poderes, “a fim de que não haja disputa”. “Estamos em um momento muito crítico no país e agora não é hora de botar lenha na fogueira. Agora é hora de os bombeiros aparecerem para apagar o incêndio e tentar construir o diálogo institucional para o país superar a crise. O caminho adequado e maduro é o caminho do dialogo e não acirrar ainda mais os ânimos e o desentendimento entre os poderes”, opinou.
Reprodução/Bahia Noticias