O vice-presidente nacional do União Brasil (UB) e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, afirma que o governo Lula é ultrapassado e que ainda não disse a que veio. Em entrevista concedida à Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, o dirigente do UB falou da sua impressão da gestão liderada pelo presidente petista.
“Se eu tivesse que resumir o governo em uma só palavra, seria ultrapassado. A gente tem um governo analógico, um governo preso a programas do passado, que foram reeditados sem o mesmo brilhantismo, sem o mesmo resultado, a mesma eficiência. A gente tem um governo sem novidades, que não disse ainda que veio, que não sinaliza para o futuro”, apontou.
Ainda segundo ACM Neto, o governo Lula está desperdiçando um oportunidade de tirar o país da polarização político-partidária.
“Está jogando fora uma baita oportunidade de fazer uma construção nacional mais ampla, de construir caminhos que tirassem o Brasil dessa polarização, um governo que fosse menos para a esquerda, menos para o PT e mais para o país. Porque quem elegeu Lula não foi o PT, quem elegeu Lula não foi a esquerda, quem elegeu Lula foi uma parcela do eleitorado de centro, um eleitorado que estava incomodado com Bolsonaro, que rejeitou mais Bolsonaro do que Lula, e por isso elegeu Lula”, analisou.
Eleições de 2026
O vice-presidente do União Brasil afirma que seu partido ainda não iniciou as discussões para lançar candidatura a presidente da República em 2026, no entanto faz um aceno ao nome do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como possível presidenciável. “Eu, particularmente, sou um dos defensores que o partido possa apresentar sua candidatura própria à Presidência da República. Nós temos um grande nome que pode liderar esse projeto que é o governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado”, exemplificou.
Governo da Bahia
Em 2022, ACM Neto disputou o Governo da Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT), mas não obteve êxito. Agora, o ex-prefeito de Salvador avalia o cenário e diz sua decisão vai depender do desejo do eleitorado baiano.
“A decisão de uma candidatura ao governo só vai acontecer mais adiante, no momento certo, e tem que ser natural. Eu não serei candidato de mim mesmo, pela vaidade de ser candidato, porque já fui e tive quase metade dos votos. Eu só serei candidato se for de um projeto e se for desejo realmente do eleitor baiano. Se a gente sentir que há espaço para isso, eu estou à disposição, não vou me furtar a esse projeto”, disse.
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