Política

ACM Neto denuncia sucateamento dos órgãos ligados à agricultura pelo atual governo baiano

O ex-prefeito de Salvador conversou com rádios da região de Irecê nesta quarta-feira (4), e avaliou que a atenção a esse setor será uma das prioridades do seu plano de governo

Vagner Souza/ Salvador FM
Vagner Souza/ Salvador FM

O pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (UB) afirmou que os órgãos estaduais que trabalham com foco em soluções e melhorias de técnicas para os agricultores da Bahia estão "sucateados". O ex-prefeito de Salvador conversou com rádios da região de Irecê nesta quarta-feira (4), e avaliou que a atenção a esse setor será uma das prioridades do seu plano de governo. 

"Já estou aprofundando a discussão do plano de governo e, em debate interno com técnicos e profissionais que lidam diretamente com o setor da agricultura em nosso estado, é impressionante ver como houve um sucateamento dos órgãos estaduais ligados à agricultura desde que o PT assumiu a gestão estadual", criticou. 

Ao citar órgãos como a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), e a Bahia Pesca, ACM Neto ponderou que muitos deles foram extintos ou aparelhados politicamente. 

"Esses órgãos foram colocados na mesa das negociatas políticas e ficaram sob a indicação do partido A ou do partido B. Se eu tiver a oportunidade de ser governador, penso em redesenhar completamente a Secretaria de Agricultura e todos os seus órgãos internos", ressaltou. 

O ex-prefeito de Salvador completa apontando que cada região tem características próprias e, por isso, precisam ter olhares direcionados às suas peculiaridades. "Nós vamos prestigiar os quadros técnicos, colocar pessoas qualificadas e realizar uma gestão de excelência, de resultados e, sobretudo, trabalhar com uma visão descentralizada", acrescentou.

Baixio de Irecê

O pré-candidato ao Governo também enfatizou a força do projeto do Baixio de Irecê. Para Neto, o empreendimento tem a possibilidade de se transformar na maior fronteira agrícola do Brasil. 

"Está faltando na Bahia essa visão futuro, essa perspectiva estratégica de médio e longo prazo. A produção, inevitavelmente, vai acontecer. Mas e a infraestrutura? Como é que aquela região vai crescer? E o acesso das pessoas que vão morar lá? A saúde, a educação, o transporte, e todos os serviços públicos? Existem muitas questões que não foram enfrentadas e, na minha opinião, tudo isso é omissão do Governo do Estado, que não assumiu o papel que podia ter assumido", disse Neto durante a entrevista. 

O ex-prefeito de Salvador questionou o fato de a atual gestão estadual tentar transferir a responsabilidade para o Governo Federal. Para ACM Neto, a partir do momento que o Baixio de Irecê se torna um projeto estratégico para todo o estado, é imprescindível que o Governo da Bahia trabalhe para acelerar a perspectiva de produção nas áreas.