Política

ACM Neto comenta sobre próximos passos do atual governo: "Eu não acredito em ruptura"

ACM Neto citou ainda as reformas tributária e administrativa

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O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), comentou nesta terça-feira (31) sobre os movimentos que vem acontecendo no Governo Bolsonaro e consequencias pós 7 de setembro, "Eu não acredito em uma ruptura" e firmou que, apesar das turbulências enfrentadas desde a redemocratização as instituições continuam firmes. 

ACM, abriu o evento 'Alô Alô Bahia' com uma palestra sobre o cenário político e econômico atual do Brasil. O presidente do democrátas manifestou preocupação com os próximos passos do governo e ações do presidente. 

"Eu não acredito em ruptura. Eu, ao contrário, acho que temos instituições extremamente maduras, que passaram por vários testes desde 2014, na verdade desde a redemocratização. Começamos 2014 com uma crise econômica sem precedentes, veio a Lava jato, o impeachment da (ex-presidente) Dilma (Rousseff), o governo do (ex-presidente Michel) Temer, que do ponto de vista econômico deixou legados importantes, mas do ponto de vista político enfrentou muitas turbulências. Depois da eleição de 2018 onde ninguém apostava que ia acontecer o que aconteceu. E as instituições continuam firmes, de pé", disse o parlamentar. 

ACM Neto citou ainda as reformas tributária e administrativa. Sobre a primeira, disse que teve avanço nos primeiros anos no Congresso, mas classificou a proposta do governo federal como "uma tentativa de resolver o problema de caixa". "Ela não simplifica, não agiliza, não muda o conceito efetivo da política tributária e fiscal do Brasil, não olha para estimular o empreendedor, para incentivar a geração de emprego, para efetivamente desonerar os setores que precisam ser desonerados", afirmou.  Da forma como está, para Neto, o "texto tem que ir para a gaveta". 

Sobre a administrativa, afirmou que é defensor do serviço público, mas ressaltou que há questões inaceitáveis. "Ninguém tem dúvida que o Estado brasileiro precisa mudar de uma vez por todas, que existem vantagens, direitos e garantias que são inaceitáveis, criando uma casta muitas vezes de privilegiados no setor público", disse.