“Não tem compromisso com o PSDB nem com nenhum outro partido para 2018; não tem nem poder”. Essa frase foi dita pelo prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), quando se referia ao presidente interino Michel Temer (PMDB), durante entrevista ao Estadão. Na conversa, o democrata comentou o cenário político nacional; avaliou o novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; voltou a falar do governador Rui Costa e se defendeu de acusações sobre possíveis investigações da Operação Lava Jato.
Ainda sobre Temer, Neto reforçou: “Acompanhei uma série de conversas naquele momento do pré-impeachment e posso afirmar que essa discussão não houve, e que seria uma irresponsabilidade fazer esse tipo de conversa”. Para o democrata, a eleição presidencial de 2018 não deva entrar na pauta antes de 2017, mas voltou a indicar o senador Ronaldo Caiado como pré-candidato do DEM. “No Democratas, hoje, existe um consenso de que o nome dele é o que está mais bem colocado”, disse.
Em 2017, o seu avô, Antônio Carlos Magalhães, ACM, vai completar 10 anos de morto. Questionado sobre a data, Neto falou que, apesar de nove anos da ausência, ele ainda é uma figura presente no imaginário popular baiano. "Sem dúvida, foi o maior político da Bahia de todos os tempos". No entanto, disse também que aprendeu a "não ser estourado" como o avô e "ter muita paciência, para contar até 10, 20, 30, cem".
Bem avaliado nas pesquisas, com 61% de aprovação – pela Vox Populi – e 84,7% – Instituto Paraná – o democratada vai disputar a reeleição, este ano, e seu vice é o deputado estadual Bruno Reis. Com a possibilidade de ser também candidato a governador, em 2018, e quem sabe até presidente, em 2022, Neto finalizou a conversa dizendo que deixou de ter planos. "Exceto a curto prazo. O plano hoje é ser candidato a prefeito, se possível me reeleger, e continuar o meu trabalho".
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