A decisão sobre a realização do carnaval de Salvador em 2022 ainda não foi definida. Em meio ao risco da nova onda da Covid-19, o governador Rui Costa voltou a falar, nesta terça-feira (16), sobre o assunto e afirmou que ainda é cedo para dar definições concretas sobre acontecimento ou cancelamento do evento.
“A decisão será tomada no momento que as condições de saúde sanitárias e de contaminação permitirem”, afirma o governador, citando o número de 2.487 pessoas contaminadas e 183 pessoas na UTI do estado baiano.
Rui Costa diz saber a importância da festa para a economia local, mas prefere aguardar e analisar o cenário das próximas semanas. “Respeito as pessoas que investem no carnaval, que geram emprego no carnaval, que contratam, que têm resultados positivos no carnaval, mas acima do resultado econômico de qualquer investidor está a vida das pessoas”, fala o governador.
Para além do evento, ele ressalta a importância da comemoração no avanço que a Bahia vem tendo ao longo dos meses, e pede paciência para a população de investidores. “Nós temos que comemorar juntos o fato da Bahia ser o segundo estado com a menor taxa de mortalidade do Brasil e não vamos jogar todo o trabalho fora, em função dessa pressa descabida de anunciar ou de cancelar o carnaval. Vamos ter paciência! A Europa infelizmente vive um novo surto e sempre foi assim, primeiro chega lá e depois veio para aqui. Vamos aguardar para ver o que é que acontece e assim que a gente tiver segurança, a gente anuncia ou o cancelamento ou, eventualmente, a realização do carnaval”, explica, citando a situação do continente europeu.
O governador revelou ainda a sua preocupação futura em detrimento a possíveis casos de morte. “Só vai acontecer se eu não tiver que encarar depois milhares de pessoas mortas por Covid-19. Não quero imaginar que mortes foram por minha causa, por conta de uma decisão minha de permitir o Carnaval”.
Também nesta terça-feira, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) falou sobre a realização do Festival da Virada. Segundo o prefeito, ele está analisando os números da Covid-19 para começar a negociar a realização dos eventos com o governador, porém adianta que, se houver evento, haverá mudanças. “Não há como fazer evento aberto ao público, mesmo controlando com a segunda dose, se limitar para 3 mil pessoas”.
Na ocasião, Bruno também descartou a possibilidade de realizar o evento durante os cinco dias, tampouco com a presença de grandes artistas nacionais e internacionais.
