Política

Abono natalino “minguado” gera crise entre lideranças e vereadores de Salvador

O valor pago a todos os servidores da Casa, de estagiário a cargo comissionado, nos últimos três anos foi, em média, R$ 4,5 mil

Divulgação CMS
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Muito esperado por servidores da Câmara Municipal de Salvador, o abono natalino de 2021 deixou de ser um presente para virar uma dor de cabeça para os vereadores da capital baiana. O valor pago a todos os servidores da Casa, de estagiário a cargo comissionado, nos últimos três anos foi, em média, R$ 4,5 mil. Em 2020, o abono foi de R$ 6 mil. Contudo, este ano o aporte não chegará nem a R$ 1 mil. 

O valor “minguado” abriu uma verdadeira crise entre vereadores e lideranças que contavam com um abono desde o primeiro dia de contratação. Discussões chegaram a ser presenciadas nos corredores da Casa desde a publicação no Diário Oficial nesta terça-feira (21). 

Com R$ 920, líderes comunitários romperam apoio apalavrado para as eleições no ano que vem. Outros questionaram a redução drástica do valor durante ano pandêmico em que as atividades da Casa funcionaram de forma remota, gerando economia em diversos setores.

Diante do caos instalado, a Diretoria Financeira encaminhou nota explicativa aos edis para tentar aplacar os ânimos exaltados. No documento, a Câmara alegou que houve redução de R$ 15.870.510,41, no repasse orçamentária da prefeitura, o que, segundo a Casa, “causou impacto negativo em ações legislativas essenciais a boa relação entre os poderes”. 

O documento ainda mostra que o orçamento final recebido foi de R$ 199 milhões, sendo executado R$ 198 milhões. Desse valor, a Casa precisa devolver mais de R$ 55 mil relacionados a Despesas de Exercícios Anteriores. Com isso, o valor a ser dividido entre os servidores foi de R$ R$ 981.819,88.