O vereador Silvio Humberto (PSB) afirmou que para a realização segura do Carnaval de 2022 as autoridades precisam sair da situação “de eu acho” para lidar com a vida das pessoas, ouvindo o que os cientistas têm a dizer. Ao LDNotícias, Humberto ainda disse que a Câmara sabe o impacto da não realização da festa tradicional, alegando que medidas serão tomadas.
“Primeiro a gente precisa sair da situação de eu acho, a gente não pode achar porque isso vai envolver a vida das pessoas. Então, nós temos que ouvir o que dizem os profissionais da área de saúde, os cientistas, para a partir daí você ter os elementos e decidir, sem isso, vamos negar a tudo que nos fez chegar até aqui, que foi o distanciamento social, máscaras, pesquisas e orientações da ciência. Essa é uma decisão que temos que ouvir os cientistas porque se olharmos para o que está acontecendo na Europa, já começou um novo lockdown, então eu acho que esse espelho, a gente não pode ignorar. Não podemos ir na urgência do tempo e do dinheiro”, pontuou o vereador.
Silvio completou afirmando que “o prefeito [Bruno Reis] e o governador [Rui Costa] precisam de uma ação concertada, se ouvindo e tendo essas condições sanitárias necessárias, para poder tomar uma decisão. Sem a área de saúde, vamos ficar achando, e não se acha com a vida dos outros”.
Em relação à definição de uma data limite para a confirmação do Carnaval, o edil pontua que esse questionamento cai no mesmo problema, voltando a afirmar que é necessário um parecer sanitário para uma decisão concreta.
“Para a gente ficar muito em cima, a gente vai cair no mesmo problema. Até a definição de uma data limite, isso precisa dessa escuta, dessa posição da área de saúde. Eu acho que precisa ter uma conversa entre governo e prefeituras. Estamos pensando que no Carnaval de Salvador, não é só Salvador que faz Carnaval na Bahia. Então precisamos dessa ação conjunta, sentar e pensar, ouvindo a academia, que é fundamental nesse processo”, afirmou.
Silvio Humberto ainda disse ao site que a Câmara sabe as consequências sociais de uma possível não realização do Carnaval pelo segundo ano consecutivo, e que as medidas cabíveis serão tomadas, citando o auxílio como uma possibilidade.
“Assim, tem o papel da Câmara, que sabemos as consequências sociais de não se ter o Carnaval, a gente não vai ignorar isso. Mas assim como se teve auxílio, para a área de cultura, é possível se ter um novo auxílio. Do ponto de vista social, nós temos elementos, cabeças e experiência suficientes para criar alternativas que venham para contrabalançar essa ausência desse Carnaval”, finalizou.