Política

'A classe política pirou', diz Wagner sobre possível aprovação de anistia pelo 8/1

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) rechaçou qualquer possibilidade de negociação sobre anistia pelo 8/1

'A classe política pirou', diz Wagner sobre possível aprovação de anistia pelo 8/1
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), descartou qualquer negociação para a aprovação, na Casa, do Projeto de Lei que prevê anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023.

Na Câmara dos Deputados, o texto teve um requerimento de urgência protocolado com 262 assinaturas – 11 de parlamentares baianos, na segunda-feira (14).

Entre os signatários do estado, estiveram: Alex Santana (Republicanos-BA), Capitão Alden (PL), Claudio Cajado (PP), José Rocha (União Brasil), João Carlos Bacelar (PL), João Leão (PP), Leur Lomanto Júnior (União Brasil), Márcio Marinho (Republicanos), Paulo Azi (União Brasil), Pastor Sargento Isidório (Avante) e Roberta Roma (PL).

Para Wagner, o projeto é a maior afronta à democracia nacional desde a redemocratização. “Comigo não tem acordo, eu sou contra o projeto da anistia em qualquer hipótese”, declarou o petista em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Caso a proposta avance no Congresso, o senador avalia que isso indicaria uma completa desconexão da classe política com a gravidade do episódio. “Eu tenho preocupação se a Câmara entender que é digno de anistia aquilo que foi feito no 8 de janeiro. Aí eu acho que a classe política pirou. Então, eu não acredito que passe o projeto da anistia”, disse.

‘Estou pouco me lixando se Bolsonaro vai ser candidato’, dispara Wagner

Na mesma entrevista, senador também fez questão de esclarecer que sua oposição à medida não tem relação com cálculo eleitoral, já que, em sua avaliação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria o nome mais frágil da oposição diante de uma candidatura à reeleição do presidente Lula Inácio da Silva (PT).

“Estou pouco me lixando se Bolsonaro vai ser ou não vai ser candidato. Não quero que façam com ele o que fizeram com Lula, eu quero que ele tenha pleno direito de defesa, todos eles”, acrescentou. Para o senador, o nome de Bolsonaro tem um alto índice de rejeição, o que poderia até ser visto como vantajoso para o PT em relação às eleições 2026.