O vereador Augusto Vasconcelos projeta a perda de apoio de Bruno Reis, após a pré-candidatura de Geraldo Jr como vice-governador baiano na chapa com Jerônimo Rodrigues, do PT.
Ao programa Ligação Direta, da rádio Salvador FM, nesta quarta-feira (13), o vereador apontou também a contradição do União Brasil.
“A vinda do presidente da Câmara para nossa chapa em nível estadual, certamente está trazendo nervos à flor da pele para o grupo liderado por ACM Neto. Eu acredito que se esticarem essa corda, o próprio prefeito terá dificuldades de ter governabilidade da cidade”, afirmou o vereador.
Vasconcelos diz ainda que a base da prefeitura é ‘fluida’ e prevê as consequências. “A base da prefeitura está implodindo, sobretudo porque uma base que depende muito dessas acomodações, não é uma base que se unifique em torno de um projeto. Era uma base muito fluida de acordo com as contemplações no âmbito do município e isso, de algum modo, foi colocado em cheque”, disse.
Augusto vê com 'estranhamento' a ação do UB contra a reeleição de Geraldo Júnior e questiona a atitude do partido.
“Vi essa ação do União Brasil com muito estranhamento porque a maioria dos parlamentares desse partido, que é o partido do prefeito, votaram a favor deste processo de reeleição do presidente Geraldo Jr. Inclusive o líder do governo encaminhou o voto a favor. Do total de vereadoras e vereadores presentes na sessão, foram dois votos, uma abstenção e uma contrária. Ficou muito incoerente esta postura de tentar judicializar uma decisão que foi tomada pela ampla maioria dos parlamentares que compõem a casa”, destacou.
Sobre a movimentação do UB, ele apontou ainda uma ‘incoerência’ por questões de interesses e chamou a tentativa de intervir judicialmente como "tapetão", uma vez que nenhum dos vereadores aliados de ACM Neto questionaram a reeleição.
"O próprio partido do prefeito, que apoiou e disse publicamente que apoiou, o líder do governo encaminhou o voto a favor, vai agora à Justiça, fica parecendo que é uma tentativa de dar um tapetão depois de uma decisão já tomada por amplíssima maioria. Por que não surgiu no momento da votação? Por que não fez o questionamento? Porque ainda não sabiam ou não achavam que o presidente da Câmara ia virar pré-candidato a vice-governador. Quando é conveniente para estar do seu lado você faz vista grossa?”, questionou.