Eleições

6 estados ficam fora da agenda dos presidenciáveis em três semanas de campanha

Com a exceção de Roraima, esses estados não estão entre que possuem os menores eleitorados do país.

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Seis estados brasileiros não receberam nenhuma visita dos candidatos à Presidência da República nas primeiras 3 semanas de campanha: Amazonas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e Roraima – este último vive uma crise com a chegada de venezuelanos. Os dados são de um levantamento do G1.

Com a exceção de Roraima, esses estados não estão entre que possuem os menores eleitorados do país. Em conjunto, somam 15% do total de pessoas aptas a votar nas eleições de 2018 – um número que só é inferior ao do estado de São Paulo, que responde por 22%.

A campanha eleitoral começou em 16 de agosto. Desde então, e até quarta-feira (5), 11 dos 13 presidenciáveis tiveram agendas de campanha. Eles realizaram um total de 232 visitas a alguma cidade do país, e visitaram 20 estados e o DF.

O principal destino é São Paulo. O estado – que, além de principal colégio eleitoral do país, concentra entidades e veículos de comunicação com alcance nacional e é berço político de dois dos candidatos à Presidência – recebeu os 11 candidatos e teve o maior número de visitas na agenda de todos eles.

No total, das 232, 102 ocorreram em cidades paulistas – ou 44% do total do levantamento da reportagem. Veja o detalhamento por regiões:

O Sudeste é a única região por onde todos os 11 passaram
No outro oposto está a Região Norte
O Centro-Oeste recebeu 9 candidatos
8 candidatos estiveram no Nordeste
No Sul estiveram 7 candidatos
Apenas dois candidatos estiveram em todas as regiões do país nas três primeiras semanas

O levantamento feito pela reportagem leva em conta eventos públicos como caminhadas, passeatas, inaugurações de comitês, lançamentos de candidaturas de correligionários e sabatinas realizadas por associações e veículos de imprensa.

Debates, por reunirem um número elevado de candidatos numa mesma cidade num mesmo dia, foram desconsiderados para evitar distorção. Eventos fechados, como gravações de programas de TV ou reuniões com equipes de campanha, também.

A reportagem conta o número de visitas de cada candidato a alguma cidade do país, independentemente do número de atos realizados naquele município naquele dia.

Com base nesse critério, o G1 contou as 232 visitas de presidenciáveis entre 16 de agosto e 5 de setembro: foram 62 na primeira semana, 88 na segunda e 82 na terceira, de 30 de agosto a 5 de setembro.

Apenas na 3ª semana de campanha
Em conjunto, os presidenciáveis visitaram 15 estados entre os dias 30 de agosto e 5 de setembro:

O Sul foi única região do país a receber visitas em todos os estados: Rio Grande do Sul (3 candidatos) e Paraná (1 candidato), além de Santa Catarina, que recebeu uma visita de 1 presidenciável pela primeira vez;
No Sudeste, apenas o Espírito Santo não foi palco de eventos de campanha dos presidenciáveis;
Dos 11 candidatos que tiveram suas agendas públicas divulgadas, 10 passaram pelo Sudeste em pelo menos uma ocasião, e 8 fizeram pelo menos 3 visitas à região no decorrer da terceira semana de campanha;
Além do ES, outros 11 estados não receberam visita nesse período: Alagoas, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins;
A Região Norte recebeu a visita de cinco candidatos: dois no Pará e um no Acre, no Amapá e em Rondônia;
No Nordeste, os únicos candidatos que receberam candiatos foram o Ceará, onde dois presidenciáveis estiveram, Pernambuco e Piauí, que receberam a visita de um candidato cada um;
Veja abaixo os compromissos de cada candidato (em ordem alfabética) que teve agenda pública na terceira semana.

Lula, o candidato do (PT), está preso em Curitiba desde abril pelo caso do triplex no Guarujá – o ex-presidente alega inocência – e, por isso, não tem realizado campanha nas ruas. Já o candidato Cabo Daciolo apareceu publicamente em duas ocasiões desde o dia 16: em 29 de agosto, visitou o diretório do partido em São Paulo e, em 5 de setembro, entregou uma representação ao TSE em que pede voto impresso nas eleições deste ano. Esses casos não foram levados em consideração no levantamento do G1.

G1 // AO