Polícia

Vítimas de mestres de capoeira presos por estupro na BA sofriam abuso coletivo

Suspeitos foram presos na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado.

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"Pássaro Preto" (à esquerda) e "Madruga" foram presos na Bahia (Foto: Reprodução/TV Oeste)

As vítima dos dois mestres de capoeira presos suspeitos de abusar sexualmente de pelo menos dez alunos, com idades entre 10 e 20 anos, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, sofriam estupros coletivos, segundo a polícia. Outros comparsas deles teriam envolvimento nos crimes e estão sendo procurados. Um dos presos teria engravidado uma adolescente, segundo o Conselho Tutelar da cidade.

A dupla, Josenildo Almeida Lopes, conhecido como "Pássaro Preto", de 32 anos, que atua como professor, e Rafael Pereira da Costa, conhecido como "Madruga", de 27 anos, assistente de Josenildo, ensinava em um projeto social do município. Era no local onde eram oferecidas as aulas que eles aliciavam as crianças e adolescentes, segundo a polícia.

Conforme a investigação, as vítimas, meninos e meninas, sofriam estupros coletivos em casas, hotéis e motéis, para onde eram levados pelos suspeitos, apresentados pela polícia à imprensa nesta quarta-feira (9).

"Pelo que a gente apurou até o momento, o professor praticava o estupro e, logo após a prática do estupro, os comparsas também praticavam esse crime", afirmou o delegado Leonardo Mendes.

Quatro registros foram feitos no Conselho Tutelar da cidade somente contra "Pássaro Preto", sendo o primeiro em 2012, quando ele teria engravidado uma adolescente.

"Ela veio nos procurar para pedir ajuda em questão de pensão alimentícia. A gente orientou e informou para ela que era um abuso, um estupro de vulnerável e a família não quis registrar a ocorrência, mas mesmo assim o Conselho tutelar tomou parte e registrou na delegacia e encaminhou ao Ministério Público", disse a presidente do Conselho, Celma Bento.

"Pássaro Preto" negou as acusações. "Esse fato aí que está dizendo agora das duas menores que eu estava com o Rafael não é verdade", disse "Pássaro Preto".

O pai de uma das vítimas, que também é professor de capoeira no município, diz que conhecia os dois suspeitos, mas conta que só ficou sabendo dos abusos contra a filha, ocorridos em 2015, no início deste ano. ""Minha filha até então não tinha contado por medo. Só que eu não vou me calar enquanto eu não ver eles pagando pelo crimes. E não foi só esse crime. Eu tenho certeza que vai aparecer muito mais", afirmou.

G1 // AO