A fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, vítima de 68 facadas dentro de um veículo na Avenida Bonocô, foi mais uma vez ouvida em tribunal no Fórum Ruy Barbosa, na capital baiana, nesta segunda-feira (22), durante audiência final, onde os acusados foram à júri popular. O caso ocorreu há dois anos.
Segundo o depoimento, Isabela precisou se fingir de morta para que não fosse morta pelos criminosos. Entre os investigados está o ex-namorado e mandante do crime, Fábio Barbosa Vieira, e Alex Pereira dos Santos, além de um terceiro homem, que esteve na cena do crime mas ainda não foi identificado.
"Eu pedi para parar diversas vezes. Em todo o momento que eles estavam me esfaqueando e segurando, eu falei com Fábio, tentei entender porque ele estava fazendo aquilo e continuou dirigindo. Pensava que ia morrer, mas queria saber o porquê", relatou.
"Depois de apagar várias vezes, sentir as facadas e pedir para Fábio mandar parar, eu resolvi fazer uma apneia para fingir que estava morta. Fechei meus olhos e não vi mais nada, senti quando fui tirada do carro e fui arrastada por eles em um lugar de pedras antes de ser jogada. Pensei até que fosse uma cova, mas mantive os olhos fechados. Tudo pareceu demorar muito tempo naquela situação", completou.
Durante o julgamento, a defesa da fisioterapeuta não se manifestou. A promotora Isabel Adelaide, titular do caso e coordenadora do núcleo do júri, afirmou que a decisão não deve passar desta segunda (22).