Polícia

Turista que chamou ambulante de "macaco" é solta, mas fica proibida de frequentar carnaval de Salvador

Conforme a Secretaria de Segurança Público, o caso aconteceu no momento em que a mulher estava em um bloco que desfilou na terça-feira

Divulgação
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A turista do Piauí que foi presa por injúria racial após chamar um vendedor ambulante de "macaco", na terça-feira de carnaval (21), no circuito Dodô, teve liberdade provisória concedida nesta quinta (23) pela Justiça. No entanto, a mulher está proibida de frequentar o circuito do carnaval ou locais destinados a práticas artísticas ou culturais destinadas ao público em Salvador.

Ainda de acordo com a decisão do juiz Arlindo Alves dos Santos Junior, da Comarca de Salvador, a mulher deve comparecer a todos os atos processuais, além de comparecer bimestralmente pelo período de um ano, incialmente, à sala da Central Integrada de Alternativas Penais, da Vara de Audiência de Custódia de Salvador, para atendimento e orientação, para, posteriormente, dirigir-se ao local em que a Comarca de Teresina reserva para casos do mesmo tipo.

Conforme a Secretaria de Segurança Público, o caso aconteceu no momento em que a mulher estava em um bloco que desfilou na terça-feira.

"A mulher foi apresentada por investigadores do Posto Policial Integrado (PPI) logo após as ofensas", disse a delegada Ana Cristina de Carvalho, da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid).

Em janeiro deste ano, o crime de injúria racial (ofensa por raça, cor, etnia, religião ou origem) foi equiparado ao de racismo, passando a ser imprescritível e inafiançável, com pena de reclusão e multa.