Polícia

Subtenente matou filho, mulher e se matou na Bahia, diz polícia

Corpos estavam em apartamento onde família morava em Salvador

NULL
NULL

 src=O subtenente da Polícia Militar Cláudio Guimarães Müller de Azevedo, 43 anos, matou a esposa, de 36 anos, e o filho, de 11, antes de se matar, segundo informações da Polícia Civil nesta quarta-feira (15). A constatação foi da perícia realizada pelo Departamento de Polícia Técnica de Salvador (DPT) no apartamento onde a família morava, localizado em um prédio no Loteamento Aquarius, no bairro da Pituba, na capital.

Conforme o perito criminal Ríbio Januário, que fez a análise no local do crime, a arma do policial, uma pistola ponto 40, foi encontrada junto ao corpo dele. Ele revelou que os corpos da criança e do pai estavam no quarto do casal. O da mulher do militar foi achado dentro do quarto do filho.

Os corpos do casal e da criança foram levados para o DPT por volta das 17h15. Não há detalhes sobre o sepultamento dos três.

De acordo com informações apuradas no local pela equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso, o subtenente chegou ao prédio onde morava por volta das 1h30 da madrugada e os disparos foram ouvidos cerca de meia hora depois.

Ainda segundo a Polícia Civil, o policial morreu com um tiro na cabeça, enquanto mãe e filho foram baleados três vezes cada um. A polícia não informou em que parte do corpo as vítimas foram alvejadas. Conforme as investigações, não havia indícios de violação na porta do apartamento.

O DHPP apura ainda as circunstâncias do crime e a motivação. A arma do militar foi encaminhada para perícia. Vizinhos e familiares são ouvidos pela polícia e imagens de câmeras do local também serão analisadas.

O caso

O subtenente da Polícia Militar Cláudio Guimarães, a mulher dele e o filho do casal foram achados mortos nesta quarta-feira (15), em um apartamento localizado no Loteamento Aquarius, no bairro da Pituba, em Salvador.

Todos os corpos tiveram ferimentos provocados por arma de fogo. Vizinhos teriam ouvido o som dos disparos durante a madrugada desta quarta-feira, mas as vítimas só foram encontradas durante a manhã.

Colegas do subtenente, que preferiram não se identificar, disseram que o policial estava escalado para trabalhar na manhã desta quarta-feira. Como ele não apareceu e nem atendeu ligações feitas pelos PMs, colegas estiveram no prédio onde a família morava para tentar falar com o militar. Ao chegar no local, as chamadas do interfone também não foram atendidas. Os policiais localizaram um familiar do subtenente, que morava no mesmo prédio e tinha a chave do apartamento do policial, entraram no imóvel e localizaram as vítimas.

Em nota, a Polícia Militar lamentou as mortes e informou que Cláudio Guimarães era lotado na 35ª CIPM (Iguatemi) e há 18 anos fazia parte da corporação.

O capitão André Alvarez, chefe de operações da 35ª CIPM, disse que não notou nenhuma mudança do comportamento do colega que matou a família e se matou em seguida. "Na hora que a gente precisava dele estava sempre disposto para atender. Competente, era policial de coração. Amava o trabalho dele de forma excepcional", afirmou.

Reprodução: G1