Os caminhos que levam ao avanço do poder de fogo das facções criminosas na Bahia estão no radar da Secretaria de Segurança Pública. O investimento bélico das organizações e o consequente aumento de apreensões podem desencadear a criação no estado de um setor especializado para tratar desta logística criminosa.
"Já estamos estudando e conversando com a delegada Heloisa (Brito – chefe da Polícia Civil) a eventualidade e a conveniência de criar uma delegacia de combate ao tráfico de armas, assim como já existe em outros estados da federação", disse, nesta terça-feira (22), o secretário Marcelo Werner. Conforme o titular da pasta, o objetivo é fazer a convergência das informações buscando desarticular grupos ligados ao fornecimento de armas.
A SSP registrou mais de 6 mil apreensões de armas na Bahia em 2023. Werner destaca a mudança na dinâmica das facções e suas associações com grupos do sudeste do país e, ainda, as relações internacionais.
"Temos feito uma análise de inteligência com o DPT e com a Polícia Civil para fazer a identificação da origem dessas armas, porque não adianta só a gente ficar apreendendo e sim interromper o tráfico ou a produção dessas armas", avaliou. Uma ação policial no final do ano passado identificou, a partir de uma apreensão de fuzis em Vitória da Conquista. um esquema com origem no Paraguai.