O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, informou nesta sexta-feira (11) que os suspeitos de atear fogo em um ônibus de Salvador e ordenar suposto toque de recolher nos bairros da Boca do Rio e Imbuí já foram identificados. Contudo, a polícia ainda não vai divulgar nomes. O anúncio ocorreu durante uma reunião, na tarde desta sexta, realizada no Centro de Operações e Inteligência, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. O encontro tem como objetivo definir ações para ampliar o patrulhamento em algumas localidades da cidade e em unidades prisionais. A reunião começou por volta das 16h, e a SSP informou que após o encontro vai dar mais detalhes da ação de segurança referente ao ataque e as ameaças.
Ainda segundo a SSP-BA, o patrulhamento foi reforçado nos bairros da Boca do Rio e Imbuí. Guarnições da 39ª Companhia Independente da Polícia Militar (Imbuí/Boca do Rio), das Rondas Especiais (Rondesp) Atlântico, Grupamento Aére e da Operação Apolo estão na região, com foco maior na Avenida Jorge Amado.
Incêndio e toque de recolher
Estabelecimentos comerciais localizados na Avenida Jorge Amado, região dos bairros do Imbuí e Boca do Rio, em Salvador, fecharam as portas na manhã desta sexta-feira. O motivo seria um suposto toque de recolher ordenado por bandidos da região, depois que o líder de uma quadrilha de tráfico de drogas que atua em toda a Bahia morreu em confronto com policiais millitares, na noite de quarta-feira (9). Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) informou que metade dos estabelecimentos comerciais abriram normalmente e uma outra parte fechou por conta de um áudio que circulou no WhatsApp, determinando o fechamento das lojas.
Segundo o major Edson Lima, comandante da 39ª Companhia Independente da Polícia Militar, o aúdio começou a circular na noite de quinta-feira, depois que um ônibus foi incendiado no Stiep, nas proximidades do Centro de Convenções. A Polícia Civil investiga de onde partiu a informação do toque de recolher, e se ela realmente tem ligação com a morte do traficante. Com relação ao ônibus que foi incediado, após a situação, os rodoviários deixaram de fazer parada no Centro de Convenções, em Salvador, por tempo indeterminado, desde a manhã desta sexta-feira. O G1 tentou contato com o Sindicato dos Rodoviários para saber se circulação de ônibus foi normalizada na região, mas não obteve retorno.
Reprodução: G1 – Bahia