Polícia

Sobe para 13 o número de vítimas das gêmeas que dopavam homens

Crime ocorreu quando mulheres já estavam sendo procuradas

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Irmãs gêmeas foram apresentadas nesta segunda-feira pela Polícia Civil (Foto: Ramon Ferraz/TV Bahia)

Outra vítima das irmãs gêmeas Maíse e Michele Santos de Araújo, de 23 anos, suspeitas de dopar homens para roubá-los, procurou a polícia para denunciar as mulheres na terça-feira (16), após a repercussão do caso. Com isso, o número de vítimas feitas por elas subiu para 13. As informações foram passadas pela delegada Francineide Moura, titular da 28ª Delegacia e responsável pelo caso, na manhã desta quarta-feira (17).

De acordo com a delegada, o homem contou aos investigadores que conheceu Michele por meio de um aplicativo de relacionamentos e que os dois marcaram um encontro em um bar, no bairro de Pernambués, mas quem foi ao local foi Maíse. A vítima relatou que notou a diferença e não teria se sentido atraído pela mulher, mas mesmo assim foi até o estabelecimento com ela.

Segundo a doutora Francineide Moura, o homem disse que a suspeita estava com uma cerveja e ofereceu para ele. Após ingerir a bebida, a vítima foi até o banheiro, onde passou mal e ficou tonto.

Ele voltou para a mesa, perdeu a consciência e caiu. O homem só lembra de ter acordado em casa, sem o celular, informou a delegada.

Ainda conforme a delegada, o crime relatado pela vítima ocorreu no dia 14 de julho, quando as mulheres já estavam sendo procuradas pela polícia. Na terça-feira, as gêmeas foram transaferidas para o Conjunto Penal Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde ficarão custodiadas.

Prisão
De acordo com a delegada Francineide Moura, as gêmeas foram presas no dia 11 de julho, no bairro da Engomadeira, onde eram protegidas por traficantes. As duas foram apresentadas na segunda-feira (15), no auditório do edifício-sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade.

Segundo a delegada, quando foram presas, as irmãs disseram que estavam a caminho de uma festa e uma delas já estava com aparência bem diferente da que foi divulgada. A polícia acredita que elas façam parte de uma quadrilha formada por ao menos quatro pessoas.

O homem morto pela dupla, no começo de abril deste ano, foi identificado como um motorista do Samu. Outras duas vítimas foram um policial militar e um guarda municicipal, de quem furtaram duas pistolas, ainda não encontradas. Elas vendiam os objetos roubados das vítimas pela internet, segundo a polícia.

Reprodução/G1