Polícia

Quadrilha monta esquema ilegal para compra de marca-passo em SP

Médico e um funcionário do Hospital das Clínicas de SP são suspeitos de receber propina.

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A Polícia Federal e o Ministério Público Federal fizeram uma operação nesta segunda-feira (18) contra uma quadrilha que agia no maior hospital do país, o Hospital das Clínicas em São Paulo.

A operação, chamada de "dopamina", foi realizada pelo Núcleo de Combate à Corrupção e Improbidade Administrativa, criado pelo Ministério Público Federal de São Paulo, em parceria com a Polícia Federal.

Segundo a polícia, o neurocirurgião Erich Fonof e o diretor administrativo, Waldomiro Pazin, ambos do Hospital das Clínicas de São Paulo, são suspeitos de orientar pacientes a ingressarem com ações na Justiça para conseguir liminares em caráter de urgência para implante de marca-passo para o tratamento do Mal de Parkinson. Uma doença degenerativa que limita os movimentos voluntários do corpo, por falta de um neurotransmissor chamado dopamina, daí o nome da operação.

Assim que a liminar era concedida, marca-passo e eletrodos, usados no procedimento cirúrgico, eram comprados sem licitação da empresa Dabsons, do empresário Vitor Dabah. Segundo a polícia, para fornecer o equipamento, com exclusividade, o empresário pagava propina aos funcionários do HC.

O valor do conjunto era superfaturado, vendido por R$ 114 mil. Comprado com licitação pelo SUS, o equipamento sairia por R$ 27 mil.