Coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (GEDEM), a promotora Lívia Sant’Anna Vaz, quer investigar e punir os agentes que negligenciaram atendimento a cantora Aiace Felix na Delegacia da Mulher, em Brotas. A promotora afirmou que a delegacia é especializada na Lei Maria da Penha. E isto incluiu não só amparo às mulheres vítimas de violência doméstica, mas qualquer tipo de violência de gênero — quando a mulher sofre agressão de qualquer natureza pelo simples fato de ser mulher.
“Qualquer delegacia deve registrar o boletim de ocorrência e efetuar os primeiros procedimentos, como exames de corpo delito, até porque existem leões que somem do corpo, e isto dificulta as investigações e a possível prisão do autor. Depois da realização desses procedimentos a mulher deve ser e conduzida para delegacia especializada”, declarou a promotora.
A cantora Aiace, de 27 anos, relatou pelas redes sociais no último domingo (3/7) que foi agredida por um taxista após ser assediada no bairro do Rio Vermelho. Ela relatou ainda que, ao tentar prestar queixa na Delegacia da Mulher, recebeu uma resposta negativa por, segundo ela, “não ter vínculo com o agressor”. O taxista Antônio Ricardo Rodrigues Luz foi preso na tarde de segunda-feira (4/7), após ser identificado pela placa do veículo que conduzia. O advogado dele disse que a jovem tropeçou em uma corrente e machucou o olho e que “isso ficaria provado no laudo pericial”.
A dra. Livia Vaz acrescentou que no caso da cantora a denúncia está sendo apurada e que as punições devem acontecer. Mas é preciso realizar um trabalho de conscientização desses profissionais, afim de que exista um preparo no ato do atendimento. “Muitas mulheres que passam por este constrangimentos, não voltam para dar continuidade do processo”, diz.
Antônio Rodrigues Luz foi preso em sua residência na ultima segunda-feira (4/7) por tentativa de homicídio contra cantora Aiace Félix. Ele foi conduzido para o complexo penitenciário da Mata Escura, onde permanece recluso.
Reprodução: Aratu Online