Polícia

Policial legislativo do Senado diz ter medo após denúncia que fez à PF

Quatro policiais foram presos acusados de ajudar políticos investigados

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O policial legislativo do Senado Paulo Igor da Silva disse neste domingo (23), em entrevista àGloboNews, que sente medo após ter feito as denúncias que levaram à prisão pela Polícia Federal de quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados em operações da PF, como a Lava Jato.

A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas de políticos para identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.

Dos quatro presos na operação, realizada na sexta-feira (21), três deles foram soltos após prestar depoimentos. O único que permanece detido é Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe da Polícia Legislativa. O depoimento dele foi considerado vago e ele será ouvido mais uma vez nesta semana.

Os três libertados são Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares. Eles deixaram a carceragem da PF em Brasília porque, para os investigadores, colaboraram e prestaram depoimentos considerados proveitosos.

A operação se baseou no depoimento de Paulo Igor da Silva. Ele relatou ao Ministério Público Federal que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadoresFernando Collor de Mello (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos ex-senadores José Sarney (PMDB-AP), que foi presidente do Senado, e Edison Lobão Filho (PMDB-MA).

(G1) (AF)