A polícia prendeu, no sábado (25), em Teixeira de Freitas, os pais adotivos de uma criança de dois anos, que foi levada ferida para o Hospital Municipal Sagrada Família, na mesma cidade, no extremo sul da Bahia. A criança, Eloá Araújo de Souza, chegou ao hospital sem sinais vitais na noite de 21 de janeiro.
A investigação teve início após o hospital informar sobre lesões no corpo da menina, incluindo sangramentos nasal e oral. Inicialmente, a mãe adotiva alegou que a morte foi causada por uma queda da cama, mas essa versão foi refutada pelos laudos periciais, que indicaram uma causa de morte diferente.
Segundo o delegado Moisés Nunes Damasceno, coordenador regional de Teixeira de Freitas, a necrópsia revelou que a criança sofreu agressões em momentos distintos. Lesões recentes e antigas, além de sinais hemorrágicos no crânio, indicaram que Eloá foi vítima de violência contínua.
Além disso, a perícia realizada na residência onde a criança morava com os pais adotivos revelou manchas de sangue nas grades e no colchão do berço, além de respingos na parede, evidências incompatíveis com a versão da queda. O material foi encaminhado para exame de DNA.
Com base nas contradições entre as versões apresentadas pelos pais adotivos e os elementos encontrados, o Núcleo de Homicídios de Teixeira de Freitas pediu a prisão temporária do casal. O Ministério Público deu parecer favorável à solicitação.
Após o cumprimento da ordem judicial, os suspeitos foram submetidos a exame de corpo de delito e permanecem à disposição da Justiça para transferência para o sistema prisional.
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