A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) divulgou um pronunciamento oficial esclarecendo as razões por trás da prisão administrativa do soldado e influenciador Diego Corrêa, preso após declarações polêmicas durante uma entrevista. Segundo a corporação, a punição não tem motivações políticas, como alegado pelo soldado, mas sim base em violações ao código de conduta militar, reforçando a necessidade de preservar a hierarquia e a disciplina na instituição.
Decisão foi fundamentada em apologia à letalidade e ofensas públicas
No comunicado, a PM-BA detalhou que as condutas que levaram à prisão do soldado incluíram apologia à letalidade policial e ofensas a autoridades públicas, atitudes consideradas incompatíveis com os princípios da corporação. Durante o processo disciplinar, foi garantido o direito de defesa, e as evidências apuradas indicaram a necessidade de punição. A corregedoria, diferentemente do que foi veiculado, não recomendou a absolvição de Corrêa.
O soldado, que chegou a afirmar que a decisão tem “teor político”, foi preso no dia do aniversário de sua filha, em um caso que tem repercutido nas redes sociais. No entanto, a PM reafirma que a decisão foi baseada exclusivamente em fatos apurados no processo investigatório, em conformidade com o regulamento interno da instituição.
Confira a nota da Polícia Militar na íntegra:
“A Polícia Militar da Bahia (PMBA) vem a público esclarecer as informações distorcidas divulgadas a respeito da punição disciplinar imposta a um policial militar.
As ações que motivaram a decisão da Polícia Militar envolvem condutas que violam o código de conduta militar, entre elas a apologia à letalidade policial sob o pretexto de defender a família, discurso que é incompatível com os princípios da PMBA, que valoriza a preservação da vida e o uso responsável da força. Além disso, houve ofensas públicas à honra de autoridades públicas constituídas, sem qualquer fundamento. Todos os policiais militares submetidos a um Processo Administrativo Disciplinar possuem direito à ampla defesa e ao contraditório, sendo assistidos por advogado de sua escolha durante todo o processo.
É importante frisar que, diferentemente do que vem sendo propagado por alguns, a Corregedoria da PMBA, cumprindo sua missão de preservar a hierarquia e a disciplina — pilares fundamentais da instituição —, não recomendou absolvição, pois as evidências demonstraram a incompatibilidade das condutas com os valores institucionais.
É importante ressaltar que a decisão disciplinar foi pautada exclusivamente nos fatos apurados durante o processo investigatório, conforme o regulamento interno da PMBA, sem qualquer motivação política, reafirmando o compromisso da corporação com a justiça, a ética e o respeito às normas.
A Polícia Militar da Bahia reitera seu compromisso com a legalidade, a imparcialidade e o dever de proteger a sociedade, sempre agindo em conformidade com as leis e com os princípios que regem a nossa instituição’.