Polícia

Polícia Federal realiza nesta manhã mandados de prisão por fraudes de R$ 1 bilhão na área da saúde no Rio de Janeiro

Além de Miguel Iskin e seu sócio, outras 20 pessoas têm mandado de prisão

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Miguel Iskin chega preso à Polícia Federal na Operação Fatura Exposta – Gabriel de Paiva / O Globo

 

Um  ano e dois meses depois de desbaratar um esquema de corrupção na saúde pública do Rio na operação Fatura Exposta, que levou empresários e o ex-secretário de saúde do estado à prisão, a força-tarefa da Lava-Jato volta às ruas nesta quarta-feira

A operação é para prender o empresário Miguel Iskin, seu sócio Gustavo Estellita e outras 20 pessoas, além da busca e apreensão em 44 endereços no Rio e São Paulo. Também foi decretado o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão na operação denominada Ressonância.

A operação mira agora empresas envolvidas no esquema de cartelização e desvio de dinheiro no fornecimento de próteses e equipamentos médicos por meio de fraudes em licitações no chamado "clube do pregão internacional" liderado por Iskin. Foi identificado um cartel de fornecedores que atuou entre os anos de 1996 e 2017 no Into.

Depois da etapa de investigação, que culminou na prisão do ex-secretário de Saúde do Rio Sérgio Côrtes, do empresário Miguel Iskin e de seu operador Gustavo Estellita, o Ministério Público Federal (MPF) precisou da ajuda do Tribunal de Contas da União (TCU), da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Conselho de Controle de Atividades Financeirasa (Coaf) para auditar contratos e importações feitas por órgãos federais, entre eles o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).

De acordo com o MPF, as empresas que faziam parte da licitação eram todas trazidas ao Brasil por Iskin, de maneira que elas se arranjavam entre si para dar "cobertura" a outra, fraudando a licitação e privilegiando a vitória de uma determinada "concorrente".

A investigação, baseada na colaboração de Romero com aos procuradores, sustenta ainda que as participantes desse "clube do pregão internacional" se revezavam para que cada uma ganhasse na sua vez.

 

O Globo //// Figueiredo