A Polícia Federal realiza na manhã do último sábado (21) busca e apreensão no Congresso, em operação que tem como um dos alvos o deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB).
A medida foi autorizada pelo ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que decidiu também afastar o parlamentar do cargo.
Em nota, o advogado de Wilson Santiago, Luís Henrique Machado, afirmou que o parlamentar recebeu "com respeito e acatamento" a decisão do ministro Celso de Mello.
"[Santiago] Está absolutamente tranquilo e demonstrará, em momento oportuno, a inexistência de qualquer relação com os fatos investigados”, afirmou o advogado.
Segundo informativo a Polícia Federal a operação tem o objetivo de desarticular organização criminosa que fazia pagamentos ilícitos e superfaturava obras no sertão da Paraíba.
O prefeito da cidade de Uiraúna (PB), João Bosco Nonato Fernandes, foi preso na operação.
Ao todo, a polícia cumpriu 13 mandados do mesmo tipo, em residências e locais de trabalho dos suspeitos, quatro mandados de prisão preventiva e sete ordens de afastamento de funções públicas.
Ministrro Celso de Mello
Segundo a nota da PF, os investigados deverão responder pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
Além do deputado e do prefeito, os outros alvos são: quatro assessores do parlamentar (Evani Ramalho, Israel Nunes, Luiz Carlos de Almeida e Zoir Neves), Severino Batista, funcionário da prefeitura, e o empresário Cledson Dantas.
A investigação, que teve como base uma proposta de delação premiada, tem relação com desvios de dinheiro público na construção da Adutora Capivara, no sertão da Paraíba.
As obras foram contratadas inicialmente, segundo o inquérito, pelo valor de R$ 24,8 milhões.
De acordo com o que já foi apurado pela PF, cerca de R$ 1,2 milhão foi desviado para pagamento de vantagens ilícitas.
Folha/Redação do LD /// Fgueiredo