Duas ossadas humanas foram encontradas em um cemitério clandestino no bairro de Cajazeiras XI, em Salvador. O terreno, segundo a Polícia Civil, era utilizado por Raílson Couto dos Santos, traficante conhecido como “Penga”, de 22 anos, para enterrar os desafetos mortos por sua quadrilha. A revelação foi feita na manhã desta quinta-feira (13/4) pelo coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), Guilherme Machado Dez de Ouros do “Baralho do Crime” da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), “Penga” teve o mandado de prisão temporária cumprido na manhã da quarta-feira (12/4) no bairro de Paripe, também em Salvador. Ele é apontado pela Polícia Civil pela morte do compositor Felipe Yves, ocorrido em 6 de março, na Fazenda Grande I.
Vanessa Costa dos Santos, 20, que também participou do homicídio, foi presa no Loteamento Fazenda Independência, em Cajazeiras XI. Ela foi indiciada por co-participação no assassinato por que serviu de isca para atrair Felipe Yves para o local do crime, acompanhando a execução da vítima. “Vanessa atuava como ‘olheira’ do bando e se relacionava com um comparsa de Penga”, pontuou o delegado Guilherme Machado. Além de Vanessa, a polícia prendeu também na Fazenda Independência Carlos Santana Anunciação, conhecido como “Buza”, 31, e Fábio Alves da Silva, 23. Todos integram a quadrilha de Penga e foram autuados por associação ao tráfico. Fábio também vai responder por porte ilegal de arma, já que foi flagrado com um revólver calibre 38.
Com a descoberta do cemitério, equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continuam em diligência na localidade em busca de mais evidências. Um inquérito já foi instaurado pelo departamento para apurar o caso. Todos os envolvidos na morte do compositor serão ouvidos novamente sobre a descoberta.
Penga e os comparsas, que atuavam na Fazenda Grande I e Cajazeiras XI, já seguiram para o sistema prisional. Além de Raílson e Vanessa, outras quatros pessoas participaram da morte de Felipe Yves: dois adolescentes, já apreendidos, Andrei de Jesus dos Santos, o Lacoste, e Ueslei Silva Sarinho, o Heures, presos.
Reprodução: Aratu on line