Polícia

Polícia cumpre mandado de busca e apreensão em casa que consta na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro no Rio

Imóvel fica em Bento Ribeiro, na Zona Norte da cidade.

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Agentes do Ministério Público fazem buscas em uma casa de Bento Ribeiro, na Zona Norte, que consta na relação de bens do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução

 

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, na manhã desta quinta-feira (18), um mandado de busca e apreensão em uma casa que pertence ao presidente Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio.

A ação faz parte de uma operação, realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, em desdobramento das investigações sobre o esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) supostamente comandados por um dos filhos do presidente, Flávio Bolsonaro, quando ele era deputado estadual.

O imóvel em Bento Ribeiro foi usado como um dos comitês de campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro na Zona Norte do Rio. À época da disputa eleitoral, Bolsonaro chegou a visitar o imóvel durante uma agenda pública. Na ocasião, ele ainda cortou os cabelos em um salão próximo à casa.

Enquanto as equipes estavam dentro da casa, era possível ouvir barulhos de marretadas nas paredes, sugerindo que os agentes quebravam a alvenaria enquanto realizavam as buscas.

Atualmente, mora na casa Alessandra Esteves Marins, que é ligada ao gabinete do senador Flávio Bolsonaro. Ela faz parte da equipe de apoio no Rio a que o parlamentar tem direito.

De acordo com o Ministério Público, o mandado na casa de Bento Ribeiro é cumprido contra Alessandra, que também já foi servidora da Alerj. Também são alvo da operação a ex-servidora da Alerj Luiza Paes Sousa. Os agentes foram até a casa dela em Oswaldo Cruz, também na Zona Norte do Rio.

Os outros alvos da operação são Matheus Azeredo Coutinho, que ainda é funcionário da Casa Legislativa, e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

De acordo com o Ministério Público, além da busca e apreensão, a Justiça autorizou a aplicação de medidas cautelares contra os investigados, dentre elas o afastamento da função pública, obrigatoriedade de se apresentar à Justiça mensalmente e proibição de fazer contato com testemunhas.

 

G//  Figueiredo