Alto de Ondina

Polícia Civil pede prisão preventiva de PM suspeito de executar jovem; ele alega legítima defesa

Familiares das vítimas foram ouvidas nesta terça-feira (3), na sede do DHPP

Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
Foto: Vagner Souza/PS Notícias

A Policia Civil representou pela prisão preventiva do policial militar Marlon da Silva Oliveira, apontado como responsável pela morte de Gabriel Santos Costa, de 17 anos. O crime aconteceu na madrugada de domingo (1º), no Alto de Ondina, em Salvador. O militar também é acusado de tentar matar Haziel Martins Costa, de 19 anos.

Familiares das vítimas foram ouvidas nesta terça-feira (3), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã.

“Aquela imagem da TV, ainda tem dúvida, gente? Ele tem que explicar o que ele fez ali. Foi muita maldade”, desabafou a mãe de Gabriel, Marlene Santos, aos prantos.

PC discorda da tese de legítima defesa

Em conversa com a imprensa, a delegada Zaira Pimentel relatou que o policial e uma testemunha alegaram legítima defesa, contudo, imagens que circulam nas redes sociais mostram os jovens, rendidos no chão, sendo baleados por Marlon. Doze disparos foram efetuados.

Foto: Vagner Souza/PS Notícias

“O autor dos disparos se apresentou na tarde de ontem, acompanhado de um advogado, suscitando a tese de legítima defesa. Segundo ele, ele teria sido vítima de uma tentativa de assalto perpetrada pelas vítimas. A Polícia Civil não corroborou com essa tese e representou junto ao plantão judiciário pela prisão preventiva”, contou a delegada.

Entretanto, apesar do pedido de prisão preventiva, o plantão não aceitou a representação no primeiro momento por não considerar da competência plantonista, conforme explicou a delegada.

‘Escolheu executá-los’

Advogado da família de Gabriel, Dielson Monteiro refuta a versão do policial militar. O jurista afirmou que houve, sim, execução.

“Ainda não tenho ciência que houve essa alegação, mas se houve, a gente pode descartar ela. Por que o que seria uma legítima defesa? Seria um perigo atual e eminente, só que não aconteceu isso. Todo mundo viu que os meninos estavam rendidos ao solo e ele escolheu executá-los”, frisou.

Foto: Vagner Souza/PS Notícias

Haziel Martins Costa foi baleado no peito, braço e antebraço. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) o socorreu para o Hospital Geral do Estado (HGE).

A Polícia Militar investiga o caso através de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

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