Uma quadrilha que vendia bens móveis e imóveis que não existiam via internet foi capturada na manhã desta terça-feira (8) durante uma operação realizada pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo informações da Polícia Civil, faziam parte do grupo criminoso o sargento PM José Roberto Machado Ferreira e o ex-soldado da Polícia Militar Carlos Augusto Lima Fraga. Também integravam a quadrilha Antônio César Santos Félix e Tamires Fernanda de Carvalho Gutierrez, conhecida como Tica.
O quarteto vai responder por crimes como extorsão mediante sequestro, com resultado morte, além de homicídio e latrocínio. As investigações apontaram que a quadrilha anunciava bens, imóveis e móveis inexistentes, num site e em outro grupo de vendas criado em uma rede social com esta finalidade.
Segundo a Polícia Civil, os criminosos atraíam os compradores interessados em preços baixos e exigiam para fechamento do negócio o pagamento em espécie.
Morte de mulher
A quadrilha agia há pelo menos oito anos em Salvador e é apontada como responsável pela morte de Sandra Mendes dos Santos, 36 anos, em dezembro de 2016. Ela foi morta no local combinado para levar o valor da compra de um imóvel, que ficaria no bairro do Vale dos Lagos.
Na época do crime, a Polícia Civil informou que Sandra foi surpreendida por dois homens que desceram de um carro preto e atiraram contra ela. A vítima era evangélica, não tinha passagens pela polícia e cuidava do filho de uma irmã.
Essa irmã de Sandra contou, na ocasião, que desconhecia qualquer motivo que pudesse ter motivado o crime, mas revelou que a única mudança recente na vida de Sandra era uma mudança de casa e que no momento do crime ela – Sandra – havia acabado de voltar do local onde foi pagar o primeiro mês do aluguel.
Operação em três bairros
Na primeira fase da operação foi cumprido um mandado de prisão contra Maria Quitéria da Silva. Os mandados desta terça (8) foram cumpridos nos bairros de São Marcos, Vale dos Lagos e São Caetano.
A ação contou com o apoio de uma equipe da Corregedoria da Polícia Militar. O CORREIO tentou contato com a assessoria da Polícia Militar, para saber mais detalhes sobre o caso, e se o PM será expulso da corporação, mas ainda não obteve retorno.
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Correio // Figuieiredo
