Polícia

PM e secretário de Segurança criticam Justiça após liberação de suspeitos de incendiar ônibus: 'Impunidade e estímulo'

A liberdade provisória concedida aos dois homens apontados como responsáveis por atear fogo em um ônibus da OT Trans, na terça-feira (2), provocou manifestações das forças de segurança pública da Bahia. O ato de vandalismo aconteceu durante um protesto na Estrada das Barreiras, no Cabula, em Salvador, contra a morte de um adolescente de 17 anos, de prenome Gilherme, em uma ação realizada por policiais militares.

Reprodução/Redes sociais
Reprodução/Redes sociais

A liberdade provisória concedida aos dois homens apontados como responsáveis por atear fogo em um ônibus da OT Trans, na terça-feira (2), provocou manifestações das forças de segurança pública da Bahia. O ato de vandalismo aconteceu durante um protesto na Estrada das Barreiras, no Cabula, em Salvador, contra a morte de um adolescente de 17 anos, de prenome Gilherme, em uma ação realizada por policiais militares. 

A decisão judicial que colocou a dupla em liberdade, por meio de audiência de custódia, na quinta-feira (4), foi comentada pelo comando da Polícia Militar da Bahia e pelo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner. 

"Diante da gravidade do ato criminoso e do risco à vida dos cidadãos, a instituição esperava que os responsáveis fossem imediatamente penalizados e afastados do convívio social. A PMBA refuta a impunidade e ressalta que medidas como essa passam o sentimento de impunidade e estímulo à prática de ações delituosas, comprometendo o esforço diário da tropa pelo cumprimento da lei em prol da sociedade", diz o comunicado da PM.

A corporação ressalta que os homens foram capturados por uma guarnição do Batalhão Gêmeos, no exato momento em que ateavam fogo no ônibus da linha Terminal Acesso Norte x Tancredo Neves (21350). A prisão foi registrada sob ocorrência de número 442371/2024. Com eles foram apreendidos materiais utilizados para cometer o crime.

Familiares relataram à imprensa que o jovem Guilherme era músico e foi morto em uma ação abusiva da PM, o que motivou a manifestação em via pública.

Reflexão

O secretário Marcelo Werner usou as redes sociais para se manifestar em tom de reflexão diante de episódios recentes. "Falamos há 1 ano e meio da necessidade de afastarmos da sociedade a IMPUNIDADE. Ela estimula o crime e a violência", alertou.

"Em outro evento, no bairro da Cidade Nova, três criminosos faccionados atiraram contra os policiais, invadiram uma residência, fizeram três mulheres reféns e depois de um processo de negociação muito bem conduzido pela PM, se entregaram. Uma pistola calibre 9mm, um revólver, carregadores e munições foram apreendidos. Um deles também foi colocado em liberdade provisória. E essa não é a primeira vez que autores de crimes graves e de grande repercussão são liberados dessa forma", frisou Werner.

Em maio deste ano, as autoridades policiais da Bahia já haviam se posicionado de forma semelhante após o responsável por atropelar PMs na Avenida Joana Angélica, em Nazaré, ser solto. A ação contra os policiais foi registrada por câmera de vigilância. No momento da prisão, Mário Oliveira Gomes foi flagrado com centenas de porções de drogas, R$ 3,8 mil em espécie e três aparelhos celulares.