Dois suspeitos de integrar grupo bolsonarista que participou dos atos de vandalismo e terror na noite de 12 de dezembro, em Brasília, foram presos na manhã desta quinta-feira (29), pela Polícia Federal.
A PF deflagrou uma operação batizada de "Nero" que cumpre mais de 30 mandados, de prisões, buscas e apreensões, em ordem expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
No episódio, carros e ônibus foram incendiados, barricadas foram montadas e um grupo tentou invadir a sede da Polícia Federal, na região do hotel em que se hospedava o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
A escalada de tensão e violência fez com que a equipe de segurança do governo adotasse medidas preventivas para a cerimônia de posse no próximo dia 1° de janeiro.
As manifestações ocorrem desde a derrota de Bolsonaro para Lula no segundo turno do pleito presidencial, no dia 30 de outubro.
Neste período, entre idas e vindas, centenas de rodovias foram bloqueadas e grupos isolados acampam em frente aos quartéis do Exército.
Além do Distrito Federal, a PF cumpre mandados em outros sete estados como Tocantins, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia e Mato Grosso. As informações são da Folha de S. Paulo.
Identificada como Klio Hirano, uma mulher foi presa em Brasília. Nas redes sociais é possível ver várias publicações convocando para a invasão da PF com o objetivo de instaurar o caos para viabilizar a intervenção das Forças Armadas.
O outro detido, Átila Mello, foi preso no município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
Os ataques no dia 12 de dezembro iniciaram após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, que costumava publicar vídeos e promover discursos de ódio e antidemocrático.
Recentemente, na véspera do Natal, dois homens foram detidos suspeitos de plantarem uma bomba com o objetivo de explodir um caminhão de combustível, também em Brasília.
