Polícia

PF cumpre mandado contra deputado Paulinho da Força em fase da Lava Jato que investiga crime eleitoral

São cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e Brasília (DF). O G1 não conseguiu falar com o deputado federal.

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Deputado Paulinho da Força (SD-SP) durante sessão em comissão da Câmara, em junho de 2016 — Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados

 

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (14) contra o deputado federal Paulinho da Força e presidente do Solidariedade, na operação Lava Jato. A sede da Força Sindical, no bairro da Liberdade, o apartamento do deputado em São Paulo e o gabinete dele em Brasília também são alvos de buscas.

A operação Dark Side é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal que reafirmou a competência da Justiça Eleitoral para os crimes conexos aos crimes eleitorais.

São cumpridos sete mandados de busca e apreensão em São Paulo (SP) e Brasília (DF), além do bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados, determinados pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.

A operação foi deflagrada após inquérito policial encaminhado à Justiça Eleitoral de São Paulo em meados de 2019, depois da colaboração premiada de acionista e executivos do Grupo J&F.

De acordo com as investigações, foi constatada a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, os pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados. O escritório de advocacia, supostamente envolvido na simulação da prestação de serviços, tinha como um dos seus sócios o genro do parlamentar.

Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de 3 a 10 anos de prisão.

 

G1// Figueiredo