Polícia

Padre Robson admite pagamentos de extorsão sem aval da polícia e usando dinheiro da Afipe: 'Se agi mal, agi de boa-fé'

Em um dos casos, pegou R$ 500 mil diretamente do fluxo diário da entidade. Ação originou investigação de desvio de doações de fiéis.

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Padre Robson admitiu ter feito pagamentos a chantagistas com dinheiro da Afipe — Foto: Reprodução/Instagram

Padre Robson admitiu ter feito pagamentos a chantagistas com dinheiro da Afipe — Foto: Reprodução/Instagram

 

Em depoimento ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) no processo de extorsão do qual foi vítima, padre Robson admitiu que fez repasses aos chantagistas sem o monitoramento da polícia e usando dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O intuito dos pagamentos, de mais de R$ 2,9 milhões, segundo o sacerdote, era evitar que fossem a público supostos casos amorosos dele.

A defesa do padre Robson disse que "reforça que todo o conteúdo das mensagens é falso, o que comprova que ele foi vítima de criminosos de altíssima periculosidade". Salienta ainda que "os responsáveis já foram condenados pelo Judiciário e cumprem rigorosas penas. Por fim, destaca que o religioso "não tem e nunca teve nenhum patrimônio".

Foi este processo que originou a Operação Vendilhões, deflagrada pelo MP-GO e que apura desvio de R$ 120 milhões doados por fiéis à Afipe, entidade que o padre fundou e presidia até pedir afastamento.

De acordo com a Justiça, o conteúdo usado para fazer a chantagem cita dois supostos casos amorosos do pároco, sendo um deles com o próprio hacker acusado da extorsão. Do total repassado ao grupo, pelo menos R$ 550 mil, conforme relato do próprio pároco, não tiveram anuência a polícia.

 

G1/// Figueiredo