Polícia

'Nosso objetivo é preservar vidas, principalmente dos reféns', frisa tenente-coronel da PM

Número de casos de cárcere privado têm crescido na capital baiana

Paulinho FP - Portal Salvador FM
Paulinho FP - Portal Salvador FM

A série de invasões a residências com moradores mantidos em cárcere privado teve mais um capítulo em Salvador, na noite de domingo (24). Sete homens armados invadiram uma casa no bairro de Dom Avelar e renderem uma mulher e três filhos. Após 8 horas de negociação, a família foi liberada e os suspeitos detidos.

A prática vem sendo cada vez mais utilizada por criminosos em fuga. Outro recurso comum nestas ações marcadas por muita tensão tem sido a transmissão ao vivo através das redes sociais – utilizada pelos bandidos como forma de preservar a própria integridade física. 

Em conversa com o Portal Salvador FM na manhã desta segunda-feira (25), o tenente-coronel da Polícia Militar Agnaldo Ceita avaliou a modalidade criminosa. Segundo ele, o aumento dos casos também está diretamente ligado à intensificação do policiamento ostensivo nas comunidades.    

"Esses criminosos, na tentativa de não entrar em confronto, acabam invadindo as residências e pegando as famílias como reféns. A polícia tem que ter muito cuidado, porque, sobretudo, nosso objetivo é preservar a vida de todos, principalmente dos reféns, que são pessoas da comunidade, pessoas de bem, que nada tem a ver com o problema do envolvimento desses criminosos na marginalidade", frisou Ceita.

Dados da PM

De acordo com a Polícia Militar, por meio do Departamento de Comunicação, em 2022, o Bope atendeu a quatro ocorrências de crises com reféns, foram oito reféns liberados, sete suspeitos presos, sete armas apreendidas, sendo cinco pistolas e dois revólveres, e ainda uma arma falsa.  

Em 2023, até o momento foram 19 ocorrências, 53 reféns liberados, 54 pessoas presas, 31 armas apreendidas, sendo dois fuzis, 24 pistolas e cinco revólveres, e também duas granadas.  

*Com informações no local do repórter Paulinho FP