Polícia

No calor do Rio, falta de água em presídios aumenta a tensão entre criminosos

Secretaria Penitenciária em alerta: traficantes não querem dividir prisão com milicianos. Outros 500 são transferidos após briga interna em seu grupo.

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Entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1)

Entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (Foto: Alba Valéria Mendonça / G1

 

Falta água no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. O problema iniciado em 27 de dezembro passado, aliado ao calor do verão carioca que ultrapassa os 40 graus, aumentou a tensão entre os quase 50 mil detentos das 21 unidades prisionais da região.

O clima ficou ainda mais pesado com o pedido de advogados de uma facção criminosa para que os milicianos e policiais presos que dividem a Penitenciária Lemos de Brito (Bangu 6) com os traficantes sejam transferidos para outra prisão, deixando a cadeia apenas para os integrantes do tráfico.

Apesar de relatar que a situação é de "normalidade", a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) está em alerta. O G1 apurou que uma série de ações administrativas estão sendo tomadas para evitar uma rebelião. Na sexta-feira (5), uma briga interna em uma facção provocou a transferência de 500 presos para outras unidades do complexo.

A Seap só conseguiu amenizar o problema da falta de água ao montar uma operação de carros-pipa para abastecer as 21 unidades prisionais e os cinco hospitais de Gericinó. Em vídeo divulgado em redes sociais, os detentos reclamam das condições nos presídios do Rio e relatam que a água fornecida vem "marrom". Na segunda (9), a Companhia Estadual de Água (Cedae) irá ao complexo na tentativa de solucionar o problema.

(AF)