Duas mulheres foram detidas, acusadas de tramarem a morte do marido de uma delas, devido a vítima tomar conhecimento do relacionamento homoafetivo e exigir a separação das suspeitas.
De acordo com informações da polícia, após ser informada a respeito da prisão da companheira Gilmara Sena das Mercês, de 43 anos, a comerciante Rosilene dos Santos Neiva, 42, se apresentou, no Fórum Rui Barbosa, acompanhada de uma advogada e também foi encarcerada por uma equipe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), em cumprimento do mandado de prisão pelo homicídio do eletricista aposentado Edson da Silva, 63, marido de Gilmara.
As mulheres são acusadas de matarem Edson que sabia do caso extraconjugal, mas só passou a condená-lo depois que emprestou R$ 3 mil a Rosilene, que nunca quitou a dívida. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Reinaldo Mangueira titular da 3ªDH (Delegacia Homicídios) a partir disso, Edson passou a pressionar a mulher a se separar da companheira, posição que levou as duas a tramarem a morte dele.
O delegado disse ainda que, antes de ser morto, Edson já havia sofrido uma tentativa de homicídio, em dezembro de 2014, quando foi agredido por um homem, identificado pelo apelido de Maluco, com uma barra de ferro na cabeça, no Horto Florestal, em Brotas.
Na ocasião, a vítima foi encaminhada ao HGE (Hospital Geral do Estado), onde foi atendido e liberado. Oito dias depois, a vítima foi surpreendida por dois homens em uma moto, no Vale dos Barris. Os bandidos teriam jogado ácido no carro em que Edson estava com a filha.
O veículo estava parado na sinaleira no momento do ataque. Pai e filha foram socorridos ao HGE, onde Edson ficou internado durante cinco meses e morreu em maio do ano passado. Conforme a polícia, Gilmara foi presa na segunda-feira (21), na avenida Vasco da Gama e Rosilene quando se apresentava na 1ª Vara do Júri, dois dias depois.
A comerciante já havia se mudado do bairro Luiz Anselmo, onde residia, para a cidade de São Francisco do Conde. As duas mulheres foram encaminhadas ao Presídio Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura.
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